Projetos de Mobilidade urbana e educação ambiental são apresentados no segundo dia da Semana do MP

Na Bahia não há plano de mobilidade urbana. Fizemos um levantamento e, ao todo, são 50 municípios que têm obrigatoriedade com base na Lei de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012)”, afirmou a promotora de Justiça Cristina Seixas, coordenadora do Centro de Apoio do Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama) do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), que apresentou a palestra Programa Mobilidade Urbana, nesta quinta-feira, dia 10, durante a Semana do Ministério Público 2015, no São Salvador Hotéis e Convenções, no Stiep.

A Lei 12.587/12, que estabeleceu diretrizes para a política nacional de mobilidade urbana, determinou que os municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar plano de mobilidade urbana, integrado ao plano municipal. No entanto, na Bahia, o Ministério Público baiano fez um ajuste para adequar à realidade local, para maior efetividade do projeto Movimenta Planejando a Mobilidade Urbana, e deve abarcar as cidades com mais de 50 mil habitantes.A meta para o próximo ano é instaurar 100% dos inquéritos civis, e, em 2017, implementar 50% a 80% dos planos de mobilidade urbana. Já em 2018, a ideia é implantar 100% dos planos.

 “Hoje as políticas públicas são todas planificadas. Os planos diretores são projetos muito difíceis, polêmicos para se implementar. Primeiro, porque você tem que realizar estudos para a cidade. O plano diretor precisa está casado com todas as políticas de educação, de mobilidade, de saneamento, de crescimento econômico, habitação. Por isso, a necessidade de ouvir a comunidade, de utilizar uma linguagem clara e transparente”, afirma Seixas.

Ressocialização
Durante os núcleos temáticos simultâneos, a promotora de Justiça Karina Cherubini apresentou o Programa Eco Kids Eco Teens, que teve início em 2009, no município de Ilhéus, um projeto de criação e circulação de um informativo trimestral sobre meio ambiente, voltado e preparado por alunos das escolas de ensino fundamental, públicas e privadas, custeado por infratores ambientais, em cumprimento de pena alternativa.

 “Através dele se trabalha a educação ambiental e a responsabilização do infrator ambiental. Ele vai pagar pelo crime investindo na educação, transformando sua pena em financiamento de jornais ambientais. A particularidade desses jornais é que não são os professores, os jornalistas que fazem os periódicos e sim os próprios alunos. Estes vão a campo, fazem as pesquisas e entrevistas, sempre com viés do meio ambiente”.

O Jornal Eco Kids é voltado para alunos da faixa etária de até 12 anos, matriculados no Fundamental I; o Eco Teens, para alunos do Fundamental II. Com a publicação, busca-se fazer com que o estudante leia frequentemente sobre o meio ambiente, em linguagem acessível, em produções voltadas para a sua faixa etária, com a possibilidade de ser leitor-autor, o que contribuirá para torná-lo mais um ator social de defesa do meio ambiente.

Fotos: Sérgio Figueiredo/HF (Cecom/MPBA)

Texto: Gustavo Rozário (DRT/BA – 2827)
Jornalista gentilmente cedido pela Assessoria de Imprensa do Tribunal de Contas do Estado da Bahia para cobertura da ”Semana do Ministério Público 2015″

Cecom/MP – Telefones: (71) 3103-0446 / 0449 / 0448 / 0499 / 6502

Extraído do Portal do Ministério Público da Bahia, Salvador, 10 dez 2015.  Disponível em: <https://www.mpba.mp.br/noticia/30060>. Acesso em 01 jun 2017.

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