O Equador modificou sua Constituição Federal e reconheceu direitos à natureza. Para sua concretização, realiza educação ambiental nas escolas, com recuperação dos conhecimentos dos antepassados indígenas e reaproximação dos alunos dos recursos naturais.
A falta de espaço físico nas escolas não é empecilho para isso. Com o programa Equatorial gardens, cada escola destina pelo menos meio metro quadrado de área para cultivo de horta e jardim pelos alunos.
Embora pareça um espaço pequeno, escolas da região sudoeste da Bahia também demonstram a possibilidade de convívio com o verde e com práticas restaurativas do ecossistema em poucos metros quadrados. Jardins e hortas suspensas são possibilidades reais, que auxiliam a combater o imobilismo frente a crise ambiental.
As escolas municipais Idália Galdino e Santo Antônio, em Barra do Choça, por exemplo, construíram horta suspensa com cordas, em um modelo que facilita a manutenção da terra por pessoas com dificuldade de movimento, bem como afasta o vegetal de lesmas e lagartas, que estariam ao nível do solo.
A Escola Municipal Ridalva Correa, em Vitória da Conquista, assim como as duas escolas de Barra do Choça, também não tem espaço livre. Toda sua área está com cerâmica ou concreto. Apesar disso, sensibilizada pelas atividades de educação ambiental do projeto Eco Kids e Eco Teens, encontrou meios de inserir o verde em seus corredores.
Referências:
BENÍTEZ, Fander Falconí et al . Environmental education program in Ecuador: theory, practice, and public policies to face global change in the Anthropocene. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362019005011103&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 11 ago. 2019. Epub May 16, 2019. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40362019002701950.
LEFF, Enrique. A aposta pela vida: imaginação sociológica e imaginários sociais nos territórios ambientais do Sul. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. Editora Vozes. Edição do Kindle. 9989 posições.